Quem Somos O que fazemos Cursos e Oficinas Portfólio dos Alunos A Unirr que eu conheço Notícias Links Parceiros Contato
  • Comunicar, Capacitar, Assessorar e Apoiar
  • Comunicar, Capacitar, Assessorar e Apoiar
Mídias Sociais Siga-nos | Twitter Junte-se a nós | Facebook Acesse nosso canal no YouTube!
Tamanho da Fonte

NOTÍCIAS

Você quer mesmo conviver com `colegas´?

 
6/3/2013

Por Marcus Aurélio de Carvalho*

Quantos expectadores do filme Colegas apresentam sintomas de preconceito disfarçado de admiração e carinho pelas pessoas com Síndrome de Down? Quer testar? Uma boa oportunidade, e de graça, será o evento da próxima terça-feira, em São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, às 19 horas. 

Como escrevemos em posts anteriores, o filme Colegas tem altos e baixos. E as opiniões sobre o filme nas redes sociais, têm, em nosso ponto de vista, mais pontos negativos que positivos. São apenas reflexos de uma resistente, mas cada vez menos numerosa, parcela da sociedade que prefere o mundo 'docemente' segregado. 

Não são poucos os comentários ao estilo 'bonitinhos', 'queridinhos', etc. Mas os autores desses comentários, os 'bonzinhos', não resistem à força de perguntas como: você então apoia a educação inclusiva? E o mercado de trabalho inclusivo? Quer a presença em sala de aula, em sua turma do ensino regular, de pessoas com síndrome de Down? Veria nessa presença uma contribuição para seu desenvolvimento pessoal e profissional? 

O que há de perturbador nas perguntas é a constatação de que elas provocam a 'queda da ficha' de que não existe ligeiramente inclusivo, tal como não existe ligeiramente grávida.

Mas o simples fato de o filme inserir o tema na agenda do momento é uma oportunidade de esclarecer dúvidas, abrir para a população as polêmicas saudáveis do movimento pela educação inclusiva e alertar a todos sobre as aparentes posturas carinhosas com os 'amigos Down'. Posturas que são, inúmeras vezes, sintomas de preconceito, disfarçado de admiração.

Para quem puder, vale estar na sessão gratuita do filme "Colegas", com recursos de audiodescrição e estenotipia, que não é nome de doença. Estenotipia é o uso de legenda eletrônica simultânea. 

Doentes são, em pleno século XXI, pessoas que vão à missa ou ao culto, se dizem caridosos ou generosos, mas não aceitam a convivência com as diferenças. Gente que diz que ama o próximo, mas não quer proximidade. 


*Marcus Aurélio de Carvalho é jornalista, professor e radialista.

 
Voltar
 

Compartilhar


Traduzir


 

 

FW2